
Eu estava sentada na chuva com uma rosa na mão ao lado do túmulo do meu amado. Terminei com ele fazia um mês e a última coisa que imaginei era sua morte. Eu também queria morrer.
Ele era jovem e saudável, pelo menos todos pensavam que ele era. Tinha uma doença muito rara e grave, mas não tinha contado a ninguém.
O motivo do termino era banal, até porque eu o amo.
Naquela chuva não reparei em um homem se aproximando, me pegou de surpresa e quando me virei assustei.
- Me perdoe dama, não foi minha intenção assusta-lá. Por que choras assim diante desse túmulo?
- Meu amado morreu.
- Eu posso te ajudar.
- Não pode, ele está morto!- Dei as costas para aquele homem e ele insistiu.
- Eu repito, posso ajudar.
- Isso é uma pergunta?
- É uma afirmação. Você não gostaria de ter mais momentos ao lado dele, ao menos um?
- Queria sim. Não terminaria com ele, falaria que o amo e faria tudo diferente.
- Pegue isso.
- O que é isso?
- É uma máquina do tempo. Essa é a chave, apenas uma volta e você estará onde quiser.
Fiquei olhando aquele pequeno objeto em minha mão que mais parecia uma torradeira.
- Como assim máquina do tempo?
O homem havia sumido. Só poderia estar brincando comigo. Eu deveria estar muito doida quando resolvi virar a chave. E não é que o homem tinha razão! Era uma máquina do tempo e eu estava parada na frente do meu amor no exato momento em que terminei, um mês atrás.
- Que cara é essa minha linda? O que queria falar comigo?
Eu fiz tudo diferente, recuperei os momentos perdidose dei muito amor, falei a todo momento que o amava até o dia de sua morte.
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