sábado, 12 de fevereiro de 2011

The night (pedido do leitor)


"Droga de casa, droga de bairro, droga de cidade."- pensava toda hora Laura. Sua casa era no meio do mato, um bairro onde poucas pessoas moravam devido ao preço elevado dos terrenos, não tinha vizinhos e o centro da cidade ficava alguns quilômetros dali.
Seu pai trabalhava a noite quando não havia mais ninguém na empresa e sua mãe, naquela noite, não saira do quarto por causa da enxaqueca.
Quando estava em casa, Laura ficava na internet, afinal o que ela faria no meio do mato e a noite? Nada!
Pelo bairro ser longe do centro da cidade e quase não haver moradores, pessoas inventavam histórias rídiculas de terror e isso não afetava Laura. Pelo menos não até aquela noite.
Era uma cidade muito quente e Laura estranhou quando um forte vento soprou e abriu a janela da sala. Correu para fechá-la e quando olhou para fora viu um homem a observando. Não conseguia ver seu rosto, pois estava escuro e usava preto. Com medo de ser um assassino apagou a luz e correu para o quarto onde falava com uns amigos de outra cidade pelo chat.
Entrou em seu quarto e a mesma figura que vira no jardim estava em seu quarto.
- Eu te espero aqui. - disse o homem com uma voz forte e alta.
Laura correu para o quarto de sua mãe. Não podia acreditar! A cama de sua mãe estava ensopada de sangue e sua cabeça cortada. Seria um serial killer que matava por prazer? Sua família nunca fez mal a ninguém e sempre ajudava aos necessitados.
- Preciso do telefone... papai! - correu para a sala. - Droga! Linha cortada. Será essa minha morte?
Pensou em sair correndo para a cidade, mas como toda garota boba voltou para o quarto deduzindo poder vencer aquele homem.
Abriu a porta tentando demonstrar a segurança e coragem que não tinha. Levava um vaso na mão.
- Boa menina. - disse o homem.
Laura jogou o vaso na cabeça dele, mas o vaso atravessou como se naquele espaço não houvesse nada.
- Impossível! - desacreditou Laura.
Com uma rapidez que desconhecia, o homem parou rosto com rosto a Laura.
Sentia como se uma espada muito fina de aço cortante dos dois lados atravessasse seu corpo. Não sentiu. Seu único corpo caiu em dois pedaços no chão de seu quarto que fora desenhado por seu tio e decorado por sua mãe.
Num rápido pulo, Laura acordou assustada. Já era noite e seu quarto estava abafado. Foi até a janela para abri-la e se refrescar. Lá fora, o homem de seus sonhos a observava. Ele a avisou, minutos antes, sua morte.

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