
A cada dia que passava o menino com cara de mal me fascinava mais. Principalmente por estarmos nos aproximando graças a convivência diária.
Ele era do tipo de menino certinho, mas seus olhos não negavam que um dia ou outro aprontava umas e outras.
Oras, está na genética masculina aprontar poucas e boas!
Ele era bem tranquilo e adorava seu fone de ouvido enquanto estava concentrado. Era demais.
O olhava com fascínio: "Ele tem que ser meu!"
Sabia que já tinha namorado uma garota, mas eu não sabia como ela era por dentro e por fora para eu ter uma idéia do "tipo" que ele preferia.
Não via a hora de nos olharmos profundamente com aquela louca vontade de nos abraçarmos e saciarmos a vontade do gosto da boca um do outro.
Os dias foram passando, até que aconteceu.
Nos sentamos juntos e as horas foram passando. Ele ria de mim enquanto eu cochilava.
Finalmente nos olhamos. Olhei para ele e ele me olhou. Ele entrou em minha alma e andou pelos meus segredos, descobriu coisas que nem eu sabia.
Ele me deixou sem jeito, com vergonha e fora de mim. Poxa! O que o olhar DAQUELE menino não fazia comigo?
Uma bala de morango fez meu coração quase parar. Ofereci a bala e ele aceitou. O universo parou para olhar o momento em que nossas mãos se tocaram.
Sua mão estava quente e confortavel. Adoraria senti-la em minhas costas num abraço apaixonado.
Nos olhamos mais algumas vezes profundamente como se um quisesse dizer ao outro o desejo que queimava no coração. Mas esse segredo só nossos olhos contavam.
Os lábios? Se guardavam para o grande dia, o dia que não só os olhos confessariam essa paixão, mas a boca também.
Rimos durante um tempo de bobeiras e até brincamos. Foram horas maravilhosas qua passaram mais rápido que um mês inteiro.
O futuro? É só deixar rolar...
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